Alimentos e energia representam mais de 50% da inflação na Europa

Florys Arutzman
Florys Arutzman

Alimentos e gastos com energia representam mais de 50% da inflação na Europa. Em setembro, a Zona do Euro registrou inflação de 9,9%, um ano antes o índice estava em 3,4%. Em agosto a taxa ficou em 9,1% e em julho 8,9% de acordo com o Escritório de Estatísticas da União Europeia. O professor de ciências econômicas do Mackenzie, Josilmar Cordenonssi, ressaltou que a aceleração ocorre por conta da guerra na Ucrânia e da dependência da Alemanha e Europa do gás russo. O conflito gerou um aumento de 40% na energia: “A taxa de juros na Europa está muito baixa. A inflação está a 10% e a taxa de juros lá é 1,25%. Está muito baixo porque lá na Europa eles estão com medo do risco de ter uma queda do PIB e entrar em recessão. Já estão prevendo isso. O desemprego não é tão baixo como nos Estados Unidos, na Zona do Euro como um todo está a 6,6% e eles estão mais preocupados com a queda no PIB do que propriamente com a inflação. Essa inflação no preço de alimentos e energia é muito volátil. Da mesma forma que sobre, daqui a pouco pode cair. O que é mais preocupante é a inflação de bens e serviços, que está entorno de 5,5% e 4,3%. Isso ainda vai dar um certo trabalho para o Banco Central Europeu, mas a expectativa é que essa queda do PIB pode segurar essa inflação”.

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