Cientistas chineses desenvolveram uma tecnologia que permite armazenar uma quantidade massiva de dados em disco do tamanho de um computador de mesa, com capacidade para guardar mais de dez mil vezes mais dados do que um disco Blu-ray.
Segundo o SCMP, usando arquitetura tridimensional, os pesquisadores criaram disco com capacidade de armazenamento de até 1,6 petabits, o equivalente a 100 camadas de armazenamento em único disco ultrafino, com espessura comparável a de um DVD comum. Além disso, o disco é altamente estável e espera-se que tenha vida útil de 50 a 100 anos.
A tecnologia poderia permitir que indivíduos e famílias criem seus próprios bancos de dados, armazenando fotos, vídeos e documentos em único disco, em vez de em vários discos rígidos externos. A produção desses discos é compatível com a tecnologia de DVD existente.
A pesquisa foi publicada nesta ultima quinta-feira (22) na Nature.
Tecnologia promissora em meio à explosão de dados
Essa tecnologia é especialmente relevante em contexto de explosão de dados no mundo, com previsão de que o volume global de dados alcance 175 zettabytes até 2025. Os centros de dados atuais consomem quantidade enorme de energia e geram muito calor.
Estima-se que, em 2022, os centros de dados do mundo todo tenham consumido cerca de 1% da demanda global de eletricidade.
Na China, essa demanda foi de 270 bilhões de kilowatt-hora em 2022, quase três vezes a energia gerada pelas Estações de Energia Hidrelétrica das Três Gargantas, a maior usina geradora de energia do mundo. Além disso, os discos rígidos convencionais têm vida útil curta e estão sujeitos a falhas físicas.
Com essa nova tecnologia de armazenamento óptico de dados, há esperanças de que os desafios energéticos e espaciais enfrentados pelos centros de dados atuais sejam mitigados, abrindo caminho para nova era de armazenamento de dados mais eficiente e duradoura.