À CNN, especialista alerta para risco de desinformação por IA nas eleições

Florys Arutzman
Florys Arutzman

Arthur Igreja, especialista em segurança digital, ressalta a necessidade de bom senso das big techs ante a falta de regulamentação eficaz

Em entrevista ao programa Bastidores CNN (segunda a sexta, 12h) desta terça-feira (2), o especialista em Segurança Digital Arthur Igreja analisou as expectativas para o uso de inteligência artificial (IA) e deepfakes nas eleições municipais deste ano.

Igreja destacou que a velocidade do avanço tecnológico é muito maior que a elaboração de leis e regulamentações adequadas.

“Nós temos basicamente dois conflitos. O primeiro deles é o seguinte: as big techs estão se autorregulando. Então, nós estamos, em alguma medida, dependendo do bom senso das lideranças dessas empresas”, afirmou.

Ele ressaltou que, quando há interferência governamental ou de autarquias, também são observados critérios subjetivos e, por vezes, interesses pessoais.

Falta de regulamentação eficaz
“Nós não temos nenhuma peça nesse momento de regulamentação ou de lei que tenha sido considerada eficaz, efetiva, robusta ou que não tenha sido influenciada por determinados interesses”, declarou o especialista.

Igreja mencionou os esforços da União Europeia para responsabilizar as big techs, mas afirmou que não há nada que possa ser imediatamente adotado ou espelhado no Brasil.

“Nesse momento nós temos peças aqui e acolá, a União Europeia tentando responsabilizar cada vez mais as big techs, mas não temos nada que possa ser importado, adotado ou espelhado imediatamente”, concluiu.

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