O engenheiro Ricardo Chimirri Candia afirma que a engenharia tem um papel estratégico na construção de uma gestão pública mais eficiente, transparente e sustentável. Em um cenário em que o uso racional dos recursos públicos é uma exigência cada vez maior da sociedade, aplicar princípios de planejamento técnico e controle de processos se torna essencial para combater o desperdício e promover resultados duradouros.
A integração entre engenharia e administração pública vai muito além da execução de obras. Trata-se de uma abordagem baseada em dados, análise de desempenho e tomada de decisão fundamentada em evidências, garantindo que cada investimento tenha retorno real para a população.
De que forma a engenharia contribui para a eficiência na gestão pública?
A eficiência na gestão pública depende de processos bem estruturados, prazos cumpridos e uso inteligente dos recursos disponíveis. Nesse contexto, a engenharia fornece as ferramentas e metodologias necessárias para planejar, monitorar e otimizar projetos, evitando retrabalhos e gastos desnecessários. Profissionais com formação técnica são capazes de identificar gargalos e propor soluções que melhorem o desempenho das operações.

Ricardo Chimirri Candia explica que isso inclui desde a modernização de infraestruturas até a implementação de sistemas digitais de controle e automação. O uso de metodologias de gestão de projetos, como o PMBOK e o BIM (Building Information Modeling), pode elevar a qualidade das obras públicas e reduzir significativamente o desperdício. A engenharia aplicada à administração torna o processo mais racional, previsível e transparente.
Como a transparência impacta a execução de projetos públicos?
A transparência é um dos pilares de uma gestão pública moderna e responsável. Ela garante que a população tenha acesso às informações sobre onde e como o dinheiro público está sendo utilizado. Quando aplicada à engenharia, a transparência se traduz em processos documentados, relatórios técnicos acessíveis e auditorias que permitem o acompanhamento das etapas de um projeto.
Essa prática não apenas fortalece a confiança entre governo e sociedade, mas também reduz o risco de corrupção e desvios de verba. A engenharia oferece meios concretos para garantir esse controle, por meio de indicadores de desempenho, monitoramento de custos e sistemas integrados de fiscalização. Para Ricardo Chimirri Candia, a clareza nos dados técnicos e financeiros de um projeto permite tomadas de decisão mais seguras e o acompanhamento eficiente das metas estabelecidas.
Quais são os principais tipos de desperdício na administração pública?
O desperdício na gestão pública pode ocorrer de várias formas — desde falhas no planejamento até a má execução de obras. Entre os principais tipos, destacam-se:
- Desperdício de recursos financeiros: gastos excessivos com retrabalho, aditivos e falhas de orçamento.
- Desperdício de tempo: atrasos em licitações, aprovações e execução de projetos.
- Desperdício de materiais: uso ineficiente de insumos, má armazenagem e falta de controle de estoque.
- Desperdício de potencial humano: ausência de capacitação técnica e desmotivação das equipes.
Esses problemas não apenas comprometem a entrega de serviços públicos de qualidade, mas também afetam a credibilidade das instituições. O engenheiro Ricardo Chimirri Candia destaca que combater o desperdício não é somente uma questão de economia, mas de ética e responsabilidade social.
De que maneira a cultura organizacional influencia a eficiência pública?
A implementação de práticas eficientes e transparentes depende diretamente da cultura organizacional das instituições. Ambientes que valorizam a inovação, a colaboração e o mérito técnico tendem a adotar soluções mais eficazes. Já culturas burocráticas e resistentes à mudança dificultam a aplicação de novos métodos e tecnologias.
Por fim, o trabalho do engenheiro Ricardo Chimirri Candia exemplifica essa visão moderna de gestão, na qual a técnica e a ética caminham lado a lado. Ao aplicar metodologias baseadas em evidências e adotar práticas transparentes, a administração pública pode se tornar mais comprometida com o bem coletivo.
Autor: Florys Arutzman