Cultura infância: por que precisamos ouvir mais as crianças sobre a natureza?

Florys Arutzman
Florys Arutzman
Lina Rosa Gomes Vieira da Silva

A infância é uma fase marcada pela curiosidade e pelo desejo de explorar o mundo, e, nesse contexto, a natureza sempre desempenhou um papel central. Lina Rosa Gomes Vieira da Silva, autora de Bichos Vermelhos, entende que, com o avanço da urbanização e a predominância das relações digitais, o contato das crianças com o ambiente natural tem se tornado cada vez mais escasso. 

 

Ouça as crianças e desperte nelas o amor pela natureza! Descubra como a obra Bichos Vermelhos pode inspirar a reflexão sobre o meio ambiente e incentivar um futuro mais consciente e conectado com o mundo natural.

 

Por que a infância precisa ser mais ouvida no debate ambiental?

 

Durante muito tempo, o discurso ambiental foi centrado nos adultos, técnicos e especialistas. Embora fundamentais, essas vozes não podem ocupar sozinhas o espaço das decisões e reflexões sobre o planeta. As crianças, com seu olhar sem vícios e sua criatividade, enxergam a natureza de maneira única. Elas percebem pequenos detalhes que muitas vezes os adultos ignoram, e seus relatos podem revelar conexões afetivas e ideias surpreendentes sobre preservação ambiental.

Lina Rosa Gomes Vieira da Silva
Lina Rosa Gomes Vieira da Silva

Além disso, as crianças são diretamente afetadas pelas mudanças no meio ambiente, mesmo que não tenham poder formal de decisão. O desmatamento, a extinção de espécies e a poluição impactam o presente e o futuro delas. Ao ouvi-las, estabelecemos uma relação de respeito e mostramos que suas preocupações são legítimas e relevantes. Isso contribui para a formação de cidadãos mais engajados e conscientes. O livro Bichos Vermelhos, por exemplo, transforma a conversa sobre espécies ameaçadas em um jogo lúdico e poético, aproximando as crianças de temas que, muitas vezes, ficam restritos ao noticiário.

 

Como obras como Bichos Vermelhos estimulam essa conexão infantil com a natureza?

 

O livro Bichos Vermelhos, da entendedora Lina Rosa Gomes Vieira da Silva, é um exemplo admirável de como a literatura infantil pode criar pontes entre crianças e natureza. A obra fala sobre espécies brasileiras ameaçadas de extinção, mas de um jeito leve, poético e interativo. A autora apostou em retratos em engenharia de papel e bonecos 3D que as crianças podem montar, criando uma experiência tátil que foge do excesso de telas digitais e resgata o prazer da leitura manual e do fazer com as mãos.

@linarosagomesviei

Lina Rosa Gomes Vieira da Silva e a missão de educar com poesia e preservação “Bichos Vermelhos”, de Lina Rosa Gomes Vieira da Silva, é uma obra que combina arte, ciência e afeto para transformar a educação infantil. Ao apresentar espécies ameaçadas de extinção de forma acessível e encantadora, o livro convida as crianças a refletirem sobre seu papel na preservação do planeta. Reconhecido por sua qualidade literária e relevância cultural, o livro reforça o compromisso da autora com uma literatura que forma não apenas leitores, mas cidadãos conscientes e sensíveis. #LinaRosa #LinaRosaGomesVieira #LinaVieiradaSilva #LinaRosaGomes #LinaRosaVieira #LinaRosaGomesVieiradaSilva #QueméLinaRosaGomesVieiradaSilva

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Esse tipo de projeto editorial não apenas transmite informações, mas desperta sentimentos e reflexões. A criança não apenas lê sobre o lobo-guará ou o peixe-boi-marinho — ela interage, monta, imagina, questiona. Isso fortalece o vínculo afetivo e o entendimento de que esses animais, mesmo distantes das cidades, fazem parte do nosso mundo e merecem cuidado. Lina Rosa Gomes Vieira da Silva, conhecedora do assunto, defende que a cultura infância precisa ser valorizada como agente ativa no debate ambiental e que obras como a dela podem ajudar a tornar isso real.

 

Que lições iniciativas como essa deixam para o futuro da educação ambiental?

 

Projetos como Bichos Vermelhos e apresentações como o Espetaculix são mais do que atividades culturais: são lições sobre como a educação ambiental precisa ser afetiva, sensorial e participativa. É impossível gerar consciência ecológica duradoura sem envolvimento emocional. Quando as crianças se emocionam ao saber que um tatu-bola só existe no Brasil e está desaparecendo, ou quando aprendem que o tamanduá-bandeira não tem dentes e ainda assim está ameaçado, criam laços e empatia. Isso é o que fará a diferença no futuro.

 

Outra lição é a de que a educação ambiental deve começar cedo e de forma acessível. Obras lúdicas, apresentações teatrais e atividades manuais não só facilitam a compreensão dos temas como encantam e engajam. As crianças precisam de narrativas leves, divertidas e bem contadas para se interessarem de fato. E quem entende disso, como Lina Rosa Gomes Vieira da Silva, sabe que a infância é o momento ideal para plantar essas sementes, como fez também o projeto Relix ao abordar reciclagem e coleta seletiva com jovens e crianças.

 

Por fim, essas iniciativas deixam claro que ouvir as crianças não é apenas educá-las — é aprender com elas. As percepções infantis sobre a natureza carregam espontaneidade e sabedoria que os adultos muitas vezes perdem com o tempo. Ao dar espaço para as crianças falarem, estamos, de fato, construindo uma cultura de preservação ambiental mais justa, sensível e eficaz. E nesse caminho, livros como Bichos Vermelhos são preciosos aliados.

 

Autor: Florys Arutzman

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