Ademir Pereira de Andrade elucida que a economia parece, muitas vezes, um tema distante, restrito a gráficos, índices e debates técnicos na televisão, mas na prática ela está presente em quase todas as decisões que tomamos diariamente. Portanto, compreender de forma simples como os eventos econômicos se conectam à vida cotidiana é um passo importante para que cada pessoa desenvolva mais consciência, responsabilidade e serenidade diante das mudanças do mundo. Quando olhamos para além dos números, percebemos que inflação, juros, emprego e decisões de governo têm efeitos concretos sobre a mesa de casa, os sonhos e a sensação de segurança de cada família.
Segundo Ademir Pereira de Andrade, acompanhar a economia com um olhar mais atento e equilibrado ajuda a transformar preocupação em entendimento e impulsividade em escolhas mais conscientes para o presente e o futuro.
Venha compreender como algumas ações podem ter grande destaque em sua vida, e como a economia pode estar atrelada a tudo que conhecemos no artigo a seguir.
Entendendo a economia além dos noticiários
Boa parte das notícias sobre economia chega ao público em forma de indicadores: crescimento ou retração, alta ou queda de juros, aumento ou redução da inflação. Sem uma base mínima de compreensão, essas informações podem gerar apenas ansiedade, porque parecem apontar para um cenário que não controlamos.
Quando a pessoa entende, ainda que de modo simples, o que cada um desses movimentos significa, a relação com o tema se torna menos ameaçadora e mais construtiva. A economia deixa de ser apenas “algo que acontece lá fora” e passa a ser vista como um sistema do qual fazemos parte.
Nesse sentido, é importante perceber que a economia é, antes de tudo, o conjunto das escolhas de milhões de pessoas e instituições, interagindo ao mesmo tempo, informa Ademir Pereira de Andrade. Empresas decidem investir ou segurar projetos, famílias escolhem consumir mais ou poupar, governos definem prioridades de gastos e regras para o mercado. Cada uma dessas decisões, somada às demais, influencia preços, oportunidades de trabalho, acesso a crédito e confiança geral.
Ao reconhecer esse encadeamento, a pessoa começa a perceber que, embora não controle o cenário global, pode se posicionar de forma mais consciente diante dele.
Inflação, juros e renda: o impacto direto no orçamento das famílias
Entre os fatores que mais impactam o dia a dia está a inflação, ou seja, a alta contínua e generalizada dos preços. Quando os preços sobem mais rápido do que a renda, o orçamento doméstico passa a ser pressionado. Contas de supermercado, energia, transporte e serviços em geral ocupam uma fatia maior do salário, exigindo reorganização de prioridades. A sensação de “o dinheiro não render como antes” está diretamente ligada a esse processo. Entender isso ajuda a pessoa a diferenciar aumentos pontuais de problemas mais estruturais, ajustando o consumo com mais realismo.
Os juros, por sua vez, afetam tanto quem precisa de crédito quanto quem consegue poupar, visto que, juros mais altos encarecem financiamentos, cartões e empréstimos, tornando decisões impulsivas ainda mais arriscadas. Ao mesmo tempo, podem melhorar a remuneração de aplicações conservadoras.

Ademir Pereira de Andrade explica que conhecer essa relação permite que cada pessoa repense dívidas, planeje melhor compras de longo prazo e evite comprometer o futuro por decisões tomadas em momentos de euforia ou desinformação. Assim, o orçamento deixa de ser conduzido apenas pela urgência e passa a ser orientado por escolhas ponderadas.
Emprego, crédito e consumo: decisões que mudam o dia a dia
O mercado de trabalho é outro reflexo direto da situação econômica, destaca Ademir Pereira de Andrade. Em contextos de maior estabilidade e crescimento, empresas tendem a contratar mais, investir em formação de equipes e abrir espaço para novas oportunidades. Em períodos de incerteza, a tendência é de cautela, com contratações reduzidas, mais competição por vagas e, em alguns casos, demissões. Essas oscilações mexem com a autoestima, a confiança e o planejamento das pessoas, pois estão ligadas à capacidade de honrar compromissos, realizar projetos e sustentar a família.
O acesso ao crédito também acompanha esse movimento. Em cenários mais favoráveis, bancos e instituições financeiras ampliam limites, flexibilizam condições e ofertam novos produtos. Em períodos de maior risco, endurecem critérios, encarecem taxas e adotam postura mais seletiva. Para quem observa apenas o lado imediato, isso pode parecer arbitrário, porém, ao compreender que o crédito está ligado à percepção de risco da economia, torna-se mais fácil avaliar quando assumir novos compromissos e quando é melhor fortalecer reservas. Esse olhar mais atento protege o cotidiano de surpresas desagradáveis.
Políticas públicas, confiança e comportamento coletivo
A economia não é movida apenas por forças de mercado, decisões de governo também exercem forte influência. Políticas de tributação, investimentos em infraestrutura, programas sociais e regras para empresas interferem diretamente no ambiente econômico. Elas podem estimular setores, gerar empregos, atrair investimentos ou, em alguns casos, criar insegurança, afastar recursos e desacelerar atividades. As pessoas sentem isso na prática, seja no transporte público, nos serviços de saúde, na qualidade da educação ou nas oportunidades que surgem em sua região.
Outro elemento muitas vezes subestimado é a confiança, isso porque, como alude Ademir Pereira de Andrade, quando famílias e empresas acreditam que o futuro tende a melhorar, estão mais dispostas a consumir, investir e empreender. Quando predomina o medo, a reação é de retração: adiam compras, seguram projetos e evitam riscos.
Esse comportamento coletivo influencia o rumo da economia. Por isso, discursos de extremo pessimismo ou euforia descolada da realidade podem ser prejudiciais. Buscar informações equilibradas e analisar cenários com calma ajuda a evitar decisões tomadas apenas por contágio emocional.
Como desenvolver uma postura consciente diante das mudanças econômicas
Diante desse cenário, a pergunta central é: o que cada pessoa pode fazer? A resposta não está em tentar controlar o que é incontrolável, mas em desenvolver uma postura mais consciente, realista e serena. Isso inclui acompanhar notícias de fontes confiáveis, compreender conceitos básicos, conversar sobre dinheiro e planejamento com a família e, sempre que possível, buscar educação financeira. Pequenas mudanças de hábito, como registrar despesas, avaliar contratos com atenção e rever prioridades de consumo, têm potencial para fortalecer a sensação de estabilidade, mesmo em contextos de incerteza.
Ademir Pereira de Andrade considera que também é importante olhar para a dimensão emocional envolvida nas escolhas econômicas. Medo, ansiedade e sensação de escassez podem levar a atitudes impulsivas, como endividamento excessivo ou paralisação total dos projetos.
Desenvolver estabilidade interior, cultivar paciência, alinhar expectativas e lembrar que a vida vai além dos índices econômicos ajuda a atravessar ciclos de alta e baixa com mais equilíbrio. Assim, entender a economia em geral deixa de ser apenas uma obrigação racional e se torna parte de um caminho de autocuidado, responsabilidade e amadurecimento na vida cotidiana.
Autor: Florys Arutzman
