A economia da China está mostrando sinais preocupantes de fraqueza, o que tem pressionado as autoridades a buscar novas medidas de estímulo. Dados recentes indicam que o crescimento das exportações desacelerou e a atividade industrial caiu, refletindo uma demanda doméstica fraca. Em julho, o volume de novos empréstimos bancários atingiu o menor nível em 15 anos, destacando a necessidade urgente de soluções para a segunda maior economia do mundo.
Após uma recuperação pós-pandemia que não se concretizou em 2023, os formuladores de políticas enfrentam desafios para atingir a meta de crescimento de cerca de 5% para este ano. O desempenho econômico no segundo trimestre já havia sido abaixo do esperado, com um crescimento de 4,7% em relação ao ano anterior. Consumidores cautelosos e relações comerciais tensas com grandes mercados sugerem um período prolongado de desaceleração.
Xu Tianchen, economista sênior da Economist Intelligence Unit, observa que o consenso de mercado pode se afastar da meta de crescimento de 5%, devido à falta de um plano vigoroso para apoiar a economia. A previsão de crescimento da unidade permanece em 4,7% desde março. A China deve divulgar novos dados de atividade em breve, com expectativas de crescimento nas vendas no varejo e estabilização no investimento.
O mercado imobiliário, que representa 70% da riqueza das famílias chinesas, continua a ser um ponto crítico. Em junho, os preços de novas residências caíram no ritmo mais rápido em nove anos, apesar das medidas de apoio para atrair compradores e conter a crise habitacional. Em julho, os empréstimos para famílias, principalmente hipotecas, diminuíram significativamente.
As exportações, um dos poucos pontos positivos deste ano, não conseguiram impulsionar uma recuperação econômica mais ampla. Fabricantes têm reduzido preços para encontrar compradores no exterior, enquanto a demanda global também mostra sinais de enfraquecimento. Pesquisas indicam que os pedidos de exportação caíram pelo terceiro mês consecutivo.
Economistas preveem novos cortes nas taxas de juros na China ainda este ano, especialmente se o Federal Reserve dos EUA começar a reduzir os custos de empréstimos. No entanto, com a demanda doméstica fraca e perspectivas incertas, tanto famílias quanto empresas estão relutantes em contrair novos empréstimos.
Xu sugere que as autoridades podem anunciar um plano mais claro para estimular o consumo interno, dada a preocupação crescente com a demanda doméstica. A necessidade de medidas eficazes é evidente para evitar uma desaceleração econômica mais acentuada e garantir um crescimento sustentável no futuro.